Há um mês, a Ocupação Gilberto Domingos, liderada pelo Movimento Unido dos Camelôs (MUCA), completa sua resistência em um prédio abandonado do INSS, no bairro da Lapa, Rio de Janeiro. As informações são do Brasil de Fato RJ
Com 20 famílias de trabalhadores informais, o MUCA busca garantir o direito à moradia em um imóvel desocupado há 30 anos, enfrentando desafios jurídicos e sociais.
O que você precisa saber:
- Ocupação Gilberto Domingos completa um mês de resistência no prédio do INSS na Lapa.
- Liderada pelo MUCA, movimento reivindica moradia digna para 20 famílias.
- Projeto visa transformar o espaço em área comunitária com geração de renda.
Histórico do Prédio do INSS: O edifício, localizado na Rua Riachuelo, nº 48, já foi palco de duas ocupações anteriores entre os anos 1990 e 2010. Após um processo de reintegração de posse na última ocupação, o prédio permaneceu abandonado, descumprindo sua função social.
A Escolha pela Lapa e Desafios da População Informal: Maria de Lurdes, coordenadora do MUCA, explica a escolha do local, destacando a proximidade do trabalho dos camelôs e a propriedade federal do prédio. A ocupação abriga principalmente trabalhadores informais, enfrentando dificuldades financeiras e, muitas vezes, dependendo de amigos para pagar o aluguel.
A Esperança na Ocupação: Danda Bárbara, artesã e ocupante, compartilha sua jornada de superação desde Brasília até o Rio de Janeiro. O projeto da ocupação representa a esperança de ter um lar próprio e um espaço para realizar seus trabalhos artesanais. O sonho é transformar o local em um “cantinho” para ela e outras famílias.
Proposta Comunitária e Desafios Atuais: O Brasil de Fato visitou a Ocupação Gilberto Domingos, destacando a proposta de reforma do prédio, incluindo áreas comunitárias como brinquedoteca e espaços de geração de renda. Atualmente, os ocupantes enfrentam condições precárias, sem luz e água, mas estão determinados a transformar o local.
Batalha Jurídica e Apoio: A ocupação enfrenta uma batalha jurídica, com um pedido de reintegração de posse suspenso temporariamente. A Defensoria Pública da União e o MPF manifestaram apoio à ocupação. A mediação com o INSS é conduzida por políticos, incluindo o deputado federal Pastor Henrique Vieira, e entidades como a OAB e a UFRJ.