O deputado federal Chiquinho Brazão teve sua prisão mantida por 39 votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados, mesmo com 25 votos a favor de sua liberdade, a maioria proveniente do Rio de Janeiro e do Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco em 2018.
O que você precisa saber
- Chiquinho Brazão teve sua prisão mantida por 39 votos na CCJ, apesar de 25 votos a favor de sua liberdade.
- 13 dos votos a favor do deputado partiram de membros do Partido Liberal, assim como outros de partidos de extrema-direita.
- Entre os votos pela liberação de Brazão estavam deputados como Marcelo Crivella, Carlos Jordy, Cris Tonieto, delegado Alexandre Ramagem e deputada Dani Cunha.
- A decisão da CCJ ainda será seguida por uma votação geral na Câmara dos Deputados para o veredito final sobre a prisão do deputado.
Acusação e apoio político
Chiquinho Brazão é apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco em 2018, e a votação na CCJ refletiu a divisão entre os parlamentares quanto à sua prisão. Dos 25 votos favoráveis ao deputado, 13 partiram de membros do Partido Liberal, com apoio adicional de partidos alinhados com a extrema-direita, como Republicanos, União Brasil e PRD.
Votação dos parlamentares
Na votação, parlamentares como Marcelo Crivella, Carlos Jordy, Cris Tonieto, delegado Alexandre Ramagem e deputada Dani Cunha votaram pela liberação de Chiquinho Brazão, enquanto apenas Chico Alencar votou pela manutenção da prisão entre os representantes do Rio de Janeiro.
Posicionamentos
Antes da votação, Altineu Cortês, líder da bancada do PL, afirmou à CNN Brasil: “Há muitos deputados que estão favoráveis à legalidade. Acham claramente que se trata de uma prisão ilegal”. Por outro lado, os bolsonaristas argumentam que um parlamentar só pode ser preso em flagrante de crime inafiançável, algo que não se aplicaria a Brazão.
Próximos passos
Mesmo com a decisão da CCJ, o destino de Chiquinho Brazão será decidido em uma votação geral na Câmara dos Deputados, ainda não agendada, que determinará se ele continuará preso ou será liberado.
Veja como os parlamentares votaram:
Votaram para manter a prisão:
- Bacelar (PV-BA)
- Flávio Nogueira (PT-PI)
- Helder Salomão (PT-ES)
- José Guimarães (PT-CE)
- Luiz Couto (PT-PB)
- Orlando Silva (PCdoB-SP)
- Patrus Ananias (PT-MG)
- Renildo Calheiros (PCdoB-PE)
- Rubens Pereira Jr. (PT-MA)
- Welter (PT-PR)
- Kim Kataguiri (UNIÃO-SP)
- Benes Leocádio (UNIÃO-RN)
- Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
- Covatti Filho (PP-RS)
- Fausto Pinato (PP-SP)
- Toninho Wandscheer (PP-PR)
- Neto Carletto (PP-BA)
- Dra. Alessandra H. (MDB-PA)
- Juarez Costa (MDB-MT)
- Rafael Brito (MDB-AL)
- Cobalchini (MDB-SC)
- Renilce Nicodemos (MDB-PA)
- Castro Neto (PSD-PI)
- Cezinha Madureira (PSD-SP)
- Delegada Katarina (PSD-SE)
- Diego Coronel (PSD-BA)
- Darci de Matos (PSD-SC)
- Def. Stélio Dener (REPUBLICANOS-RR)
- Ricardo Ayres (REPUBLICANOS-TO)
- Alex Manente (CIDADANIA-SP)
- Afonso Motta (PDT-RS)
- Márcio Honaiser (PDT-MA)
- Gilson Daniel (PODE-ES)
- Duarte Jr. (PSB-MA)
- Pedro Campos (PSB-PE)
- Waldemar Oliveira (AVANTE-PE)
- Maria Arraes (SOLIDARIEDADE-PE)
- Célia Xakriabá (PSOL-MG)
- Chico Alencar (PSOL-RJ)
Votaram para liberar Brazão:
- Felipe Saliba (PRD-MG)
- Pedro Aihara (PRD-MG)
- Mauricio Marcon (PODE-RS)
- Roberto Duarte (REPUBLICANOS-AC)
- Lafayette Andrada (REPUBLICANOS-MG)
- Marcelo Crivella (REPUBLICANOS-RJ)
- Nicoletti (UNIÃO-RR)
- Dani Cunha (UNIÃO-RJ)
- Rafael Simoes (UNIÃO-MG)
- Delegado Marcelo (UNIÃO-MG)
- Danilo Forte (UNIÃO-CE)
- Fernanda Pessôa (UNIÃO-CE)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Cap. Alberto Neto (PL-AM)
- Carlos Jordy (PL-RJ)
- Chris Tonietto (PL-RJ)
- Del. Éder Mauro (PL-PA)
- Dr. Jaziel (PL-CE)
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Pr. Marco Feliciano (PL-SP)
- Delegado Bilynskyj (PL-SP)
- Domingos Sávio (PL-MG)
- José Medeiros (PL-MT)
- Delegado Ramagem (PL-RJ)