Patriota pode lançar ex-ministro Pazuello ao governo do RJ, afirma revista

Diário Carioca

Caso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concretize sua filiação ao Patriota, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello poderá ser lançado como candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro nas eleições de 2022. A informação foi veiculada pela revista Veja a partir das conversas entre o presidente e o partido.

Pazuello se tornou ainda mais próximo de Bolsonaro desde que depôs na CPI da Covid, no Senado, e defendeu os atos e a condução do presidente da República em relação ao enfrentamento da pandemia. Dias depois, o general do Exército desfilou em ato político com Bolsonaro pelas ruas da capital fluminense.

O prêmio pela defesa de Bolsonaro se converteu não apenas na nomeação de Pazuello para o cargo de secretário de Assuntos Estratégicos do governo federal, mas também na decisão do Exército de não puni-lo por participar de manifestações político-partidárias.

Segundo a revista, o governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), vem torcendo para que a aliança não se concretize, já que ele pretende ter o apoio de Bolsonaro para sua reeleição e ceder o palanque estadual ao presidente, que também tentará mais quatro anos no comando do país.

Leia mais: Entenda por que Cláudio Castro é a continuação de Witzel no governo do RJ

Ao mesmo tempo em que Castro tem proximidade com Bolsonaro, relação que foi estreitada com o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), o governador do Rio era vice e ainda está filiado ao PSC, mesmo partido do governador destituído Wilson Witzel. O ex-governador se tornou desafeto do presidente quando anunciou que lançaria candidatura ao Palácio do Planalto.

O anúncio da filiação ao Patriota, no entanto, gerou irritação dentro do partido. Além de uma possível debandada de membros mais identificados com o Centro, o vice-presidente da legenda, Ovasco Roma Altimari Resende, disse ao jornal O Globo que a candidatura de Bolsonaro pela sigla não está garantida.

“Não acredito que Bolsonaro vá entrar em um partido dividido e no qual o próprio presidente da legenda age de forma sorrateira”, disse Resende, que está em brigas internas com o presidente do Patriota, Adilson Barroso.

Edição: Eduardo Miranda


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