A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta quarta-feira (20) mandados de busca e apreensão contra o irmão de criação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), Vinícius Sarciá Rocha, e outras duas pessoas, Astrid de Souza Brasil Nunes e Allan Borges Nogueira. A operação investiga possíveis fraudes em programas assistenciais do estado.
O que você precisa saber:
- Vinícius Sarciá Rocha é irmão de criação de Cláudio Castro.
- A PF investiga pagamentos de propina que variam de 5% a 25% dos valores dos contratos, que totalizam mais de R$ 70 milhões.
- A investigação é um desdobramento da Operação Catarata, que apurava um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII.
A PF afirma que as investigações apontam que uma organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais sociais do estado e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de propinas aos envolvidos nos esquemas.
Os pagamentos de propina variavam de 5% a 25% dos valores dos contratos, que totalizam mais de R$ 70 milhões. O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada.
A operação desta quarta é um desdobramento da Operação Catarata, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que apurava em 2020 um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, órgão estadual responsável por políticas de assistência social.
Na ocasião, o MPRJ denunciou 25 pessoas, entre elas, a ex-deputada federal Cristiane Brasil e o ex-secretário estadual de Educação Pedro Fernandes. Os dois sempre negaram as acusações.
Também na Operação Catarata foi preso o empresário Flávio Chadud, dono da Servlog, acusado de pagar propina em troca de contratos públicos e gravado no episódio da mochila com Cláudio Castro.
Um dos réus da Operação Catarata, o empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, fechou acordo de delação premiada e fez acusações contra o governador Cláudio Castro. Ele afirmou que Castro recebeu propina em contratos da Prefeitura do Rio quando era vereador, em 2017, com dinheiro desviado da então Subsecretaria da Pessoa com Deficiência (SubPD).
Castro não é alvo de buscas nesta quarta, mas é investigado.
As informações são do G1