Pipito é apontado como o próximo líder da maior milícia do Rio após a morte de Faustão

Diário Carioca
Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito — Foto: Reprodução

No cenário pós-Faustão, as autoridades de segurança do Rio observam de perto a ascensão de Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, como o provável sucessor de Luís Antônio da Silva Braga, também conhecido como Zinho, no segundo posto mais importante da maior milícia do Rio.

De acordo com informações do setor de Inteligência das polícias do Rio, o grupo criminoso está se movimentando para efetuar a transição de poder. Recentemente, na segunda-feira (23), após a morte de Faustão, ocorreram ataques a 35 ônibus na Zona Oeste da cidade, levando a polícia a suspeitar do envolvimento de Pipito na orquestração desses atos de violência.

Pipito, que já foi um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, mais conhecido como Ecko e tio de Faustão, teve seu nome mencionado em denúncias da operação Dinastia, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, onde ele foi tratado como chefe da milícia atuante na comunidade de Antares, localizada em Santa Cruz.

A região de Antares é estratégica para a milícia, uma vez que anteriormente estava sob o domínio do Comando Vermelho. Surpreendentemente, mesmo com o histórico de tráfico de drogas na área, a milícia continua a tirar proveito de sua presença no território.

Mensagens interceptadas revelam Pipito em comunicação com outro miliciano chamado Flex, solicitando auxílio na elaboração da escala das “guarnições” responsáveis pelo patrulhamento de Antares.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que Pipito foi libertado em 2020, graças a uma decisão judicial que permitiu sua saída temporária durante a pandemia. No entanto, seu retorno à prisão está pendente de uma nova determinação do Judiciário.

Pipito assume a liderança de uma milícia fragmentada, com disputas internas que se intensificaram desde a morte de Ecko. Além das rivalidades internas, o grupo enfrenta a concorrência de outras facções criminosas, como a liderada por Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, conhecido como Abelha, em uma luta pelo controle de territórios.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca