Nesta quarta-feira (28), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) deflaram a Operação Cosa Nostra Fraterna, mirando a lavagem de dinheiro vinculada à milícia liderada por Luiz Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho.
Mesmo após sua prisão, a organização paramilitar permanece ativa, segundo as autoridades.
O que você precisa saber:
- Movimentação financeira sob investigação: A Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) e o Gaeco/MP-RJ revelam que a rede de empresas relacionadas à milícia movimentou aproximadamente R$ 135 milhões nos últimos 7 anos.
- Ampla ação com apoio do Cifra: Mandados de busca e apreensão são cumpridos em 21 endereços no Rio de Janeiro e em Seropédica, com o suporte do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), em uma operação inédita na luta contra o tráfico de drogas e as milícias.
Ação conjunta com o Cifra: Esta é a primeira grande operação no Rio de Janeiro com o apoio do Cifra, uma força-tarefa dedicada a combater crimes financeiros e lavagem de dinheiro, visando enfraquecer o tráfico de drogas e as milícias na região.
Perfil de Zinho:
- Ascensão na milícia: Zinho assumiu o comando da milícia em 2021, após a morte de seu irmão, Ecko, liderando as áreas de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do Rio.
- Atividades anteriores: Antes de liderar, Zinho estava envolvido na lavagem de dinheiro, especialmente na Baixada Fluminense, cuidando da contabilidade e sendo sócio da empresa Macla Comércio e Extração de Saibro.
- Tentativas de captura: Zinho escapou de diversas tentativas de prisão, com a polícia confiscando propriedades e enfrentando incidentes, como o incêndio de ônibus na Zona Oeste após a morte de seu sobrinho em uma operação.
Passagens pelo sistema prisional: Zinho já teve passagens pelo sistema prisional, sendo detido pela Draco em 2015, mas liberado no mesmo ano, destacando a complexidade de sua relação com as autoridades.