A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) indiciou três pessoas pelo homicídio do miliciano Anderson Gonçalves Oliveira, o “Andinho”. Além deles, outros dois criminosos tinham envolvimento no delito – Philip Motta Pereira, o “Lesk”, e Raphael Ferreira Marçal, o “Careca”. Entretanto, em razão do falecimento de ambos, não foram indiciados.
Andinho foi assassinado no dia 11 de fevereiro deste ano, em um condomínio no Anil, Zona Oeste do Rio. O ex-policial militar fazia parte da milícia que atua na comunidade do Tirol, na Freguesia. Anderson chegou a ser preso e condenado, mas, após ganhar a liberdade, se aliou ao miliciano Leandro Xavier da Silva, o “Playboy da Curicica” e se envolveu em disputa com traficantes pelo domínio da comunidade da Gardênia Azul.
Segundo as investigações, esta região de Jacarepaguá, que era controlada por grupo paramilitar, passou a ter atuação do tráfico após antigos milicianos se aliarem a esta quadrilha. Isso gerou intensos confrontos armados entre os grupos criminosos na Zona Oeste.
Com a disputa, Lesk chegou a ameaçar Andinho de morte em um áudio. Ele e seus comparsas se intitulavam como “Equipe Sombra” e foram responsáveis por vários homicídios realizados em Jacarepaguá. Por conta disso, a DHC monitorava os criminosos e realizou diversas representações de medidas cautelares, inclusive de prisões e indiciamentos.
No decorrer da investigação, ficou comprovado que o homicídio foi realizado diretamente por três criminosos, sendo Lesk e um outro homem, que já se encontra preso, os mandantes. Todos os indiciados pela Polícia Civil foram denunciados pelo Ministério Público e tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça.
Diligências estão em andamento para localizar os dois foragidos, uma vez que um dos mandados já foi cumprido contra o autor que estava no sistema penitenciário. A DHC solicita que informações sobre a localização dos procurados sejam repassadas para o Disque Denúncia. O anonimato é garantido.