Policiais civis da Delegacia de Defraudações fazem hoje (17) uma operação contra a lavagem de dinheiro obtido com a venda ilegal de vales refeição, alimentação e transporte de trabalhadores do Rio de Janeiro. Os alvos da ação são os financiadores e reais beneficiários do esquema.
De acordo com a Polícia Civil, apenas um dos investigados movimenta ilegalmente R$ 10 milhões por mês.
Nove mandados de busca, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, e apreensão estão sendo cumpridos em endereços comerciais e residenciais nos bairros da Glória, no centro da capital, na Barra da Tijuca e na Baixada Fluminense. Entre os endereços que são alvo da polícia estão uma igreja evangélica e duas empresas de ônibus.
A ação de hoje é a segunda fase da Operação Fantoche, desencadeada em outubro do ano passado, quando foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão.
Durante as investigações e a partir dos documentos apreendidos na primeira fase da operação, os policiais identificaram mais de 130 empresas-fantasmas, que estão em nome de mais de 50 “laranjas”.
Segundo a polícia, essas empresas, do ramo alimentício, foram criadas com o único objetivo de conseguir o credenciamento de máquinas de cartões, abrir contas bancárias e movimentar os recursos obtidos de forma fraudulenta com a compra de vales refeição e alimentação.
Várias delas têm os mesmos sócios e aparecem funcionando no mesmo endereço, embora nenhuma exista fisicamente nem tenha sequer um funcionário.