Cinco pessoas foram presas nesta quinta-feira (19) no Rio de Janeiro, acusadas de envolvimento no tráfico de drogas. Entre os presos estão quatro policiais civis e um advogado.
A investigação, que foi realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), apontou que os policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) abordaram um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro, em agosto deste ano.
Os policiais escoltaram o caminhão até a Cidade da Polícia, onde negociaram a liberação da carga e do motorista com um advogado ligado a traficantes da principal facção criminosa do estado.
Em troca da liberação da droga, os policiais civis receberam propina. Em seguida, três viaturas da DRFC escoltaram o caminhão até Manguinhos, comunidade da zona norte dominada pela facção criminosa.
Os cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os mandados foram cumpridos nas cidades do Rio e em Saquarema, na Região dos Lagos.
A apuração foi feita pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (Gise/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ). Para o cumprimento dos mandados nesta quinta-feira, a PF teve o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.
Em nota, a Polícia Civil informou que a corregedoria da corporação apoiou a ação para o cumprimento das ordens judiciais e “está instaurando processos administrativos-disciplinares”.
A Polícia Civil diz que “não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e atividade ilícita, reiterando seu compromisso de combate ao crime em defesa da sociedade”.
A investigação ainda está em andamento e outros envolvidos no caso podem ser presos.
Atualização:
O advogado preso na operação foi identificado como Rodrigo de Oliveira Ferreira.
Os policiais civis presos foram identificados como:
- Marcos Antônio da Silva
- Bruno da Silva Costa
- Luiz Carlos da Silva
- João Paulo de Oliveira
Os policiais civis foram indiciados por tráfico de drogas, corrupção passiva e associação criminosa.