Prefeito diz que o Rio tem reserva técnica para segunda dose de vacina

Diário Carioca

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse hoje (29) que, pelo menos por enquanto, não deve faltar vacina para aplicar a segunda dose na população da cidade. Segundo ele, mesmo com a autorização, em março, dada pelo Ministério da Saúde, para o uso já para a primeira dose do estoque de 50% da quantidade de imunizantes originalmente destinados para completar a vacinação, a Secretaria Municipal de Saúde fez uma reserva técnica, o que agora permite a continuidade das aplicações da segunda dose.

“A população do Rio de Janeiro pode ficar tranquila, principalmente aqueles que já receberam a primeira dose. Nós tivemos o cuidado de ter reserva para a segunda dose. É óbvio que ela é uma reserva técnica. Confirmando a chegada da AstraZeneca na segunda-feira, a gente segue normalmente com a vacinação. Temos sempre uma cobertura, uma gordura que, mesmo que haja algum atraso, faz com que a gente não tenha que parar a vacinação”, afirmou durante a inauguração de mais um posto de vacinação, agora na Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, em uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, a Força Aérea Brasileira e o Comando Conjunto Leste. Segundo o prefeito, com este já são sete os postos de vacinação abertos pelas Forças Armadas na capital.

“A nossa lógica aqui [na cidade] é a seguinte: chegou a vacina, a gente quer aplicar. Quanto mais gente a gente vacinar, melhor. A Fiocruz está regularizando a sua produção, acho que produzindo quase um milhão de vacinas por dia. Se seguirmos nesse ritmo, a gente só quer dar boa notícia, antecipar, acelerar mais idade, mais gente nesse esforço permanente”, completou.

O posto da Base Aérea do Galeão, que tem atendimento no sistema drive-thru, funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, de 8h ao meio-dia. “Com uma rapidez enorme várias iniciativas e mobilizações foram feitas pelas Forças Armadas para colaborar com o Programa Nacional de Imunização. É um esforço de todos. É uma tarefa que cabe a todos os brasileiros, aqueles que entendem que este é um momento difícil que precisa da união de todos nós”, detalhou.

Grupos prioritários

Nesta quinta-feira (29), a vacinação está sendo feita em mulheres dos grupos prioritários com 58 anos e para profissionais de saúde de 41 anos. “O Rio vai bem. Atingimos 100% da população idosa da cidade, é uma vitória por si só. Agora, avançamos para grupos prioritários. Se essa regularidade de entrega da vacina passar a se dar de maneira mais adequada, se Deus quiser muito em breve a gente vai estar com todos os cariocas vacinados”, afirmou.

Hoje foi a primeira vez que Eduardo Paes participou de agenda externa, depois de cumprir período de isolamento por causa da reinfecção da covid-19. “Passei os últimos 15 dias no isolamento, um pedido que os médicos, especialmente o doutor Daniel [secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz] determinaram de isolamento. Dessa vez, eu tive uma infecção. Ao contrário da primeira vez, eu sofri um pouquinho, tive febre, um pouco de comprometimento no pulmão, mas graças a Deus já estou bem e zerado.” 

Amanhã (30), a prefeitura do Rio deve divulgar mais um Boletim Epidemiológico. O prefeito admitiu que, se houver mais avanço no combate à covid-19, é possível que sejam anunciadas novas flexibilizações.

Deslizamentos

O prefeito comentou, também, o deslizamento de casas na comunidade Pavão/Pavãozinho, na zona sul do Rio, na madrugada de hoje, provocado pela chuva forte. Ele alertou a população que fique atenta aos sinais das sirenes de aviso de risco. 

“Temos que ficar atentos, lá pelas três da madrugada eu conversei com o Centro de Operações. Fui informado do deslizamento no Pavão/Pavãozinho, mas graças a Deus ninguém ficou ferido ou morreu, isso é muito importante. A Defesa Civil já está olhando. A GeoRio vai ver o que é necessário ser feito. Óbvio que o solo fica encharcado [com a chuva] e quanto mais tem o solo encharcado há o risco de deslizamento. Então, o meu apelo é que [a população] respeite a história das sirenes. Tocando as sirenes, as pessoas, por favor, se desloquem para os pontos seguros para que possamos evitar que acidentes mais graves aconteçam”, finalizou.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca