Prefeitos de 66 cidades do estado do Rio de Janeiro se reuniram nesta segunda-feira (27) para discutir a prestação de serviços da Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região. Eles cobram melhor qualidade dos serviços e afirmam que o problema já é antigo, mas a situação chegou a um estopim com os temporais mais recentes no estado.
O que você precisa saber:
- Prefeitos do Rio de Janeiro pressionam Enel por melhor qualidade dos serviços;
- Eles criticam a empresa por falta de resposta rápida às quedas de energia;
- O contrato de concessão da Enel está em fase de renovação.
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No encontro, que aconteceu no Theatro Municipal de Niterói, os prefeitos discutiram as principais reclamações dos moradores, como quedas de energia frequentes, falta de atendimento ao cliente e demora na religação do fornecimento.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, afirmou que a Enel precisa melhorar a sua capacidade gerencial para atender às demandas das cidades. “A gente precisa de uma concessionária que tenha uma resposta mais rápida e possa atender as demandas de cada uma das cidades”, disse.
Grael também lembrou que Niterói aprovou uma lei em 2014 que estabelecia uma série de regras para a operação das concessionárias na cidade, entre elas, para resolver o problema de cabeamento aéreo. A Enel entrou com uma ação contra a lei e até hoje a questão está na Justiça.
O deputado Max Lemos (PDT-RJ), membro efetivo da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que participou do encontro, disse que a discussão também está sendo feita na casa legislativa federal. “O serviço é ruim, péssimo é um desserviço. Todo mundo já sabe”, relata.
Segundo Lemos, já existe um consenso na Câmara Federal de que não haverá renovação de contrato da forma como vem sendo desenvolvido pela concessionária. “Eles solicitaram essa renovação, mas não dá ainda para ter critérios nem rotina. É por isso que iniciamos esse grande movimento e não será uma renovação fácil”, apontou.
O deputado concordou com o prefeito Axel Grael de que é preciso fazer uma negociação extensa com todos os agentes que querem uma concessionária que atenda a prestação do serviço. “Tem a questão do aterramento que é importante em cidades grandes como Niterói e São Gonçalo. Cidades que têm uma densidade populacional muito grande é importante a questão do aterramento. Tem cidade também que não é só o aterramento, aliás, o aterramento nem é a solução, precisa sim, ter um serviço imediato e melhor. Não pode ter um novo contrato, uma nova concessão de qualquer maneira sem discussão. Não dá mais para ser assim no Rio de Janeiro”, defendeu.