Nesta segunda-feira (14), profissionais da educação do município do Rio de Janeiro realizaram um ato simbólico, em frente ao Palácio da Cidade, em Botafogo, na zona sul, contra a manutenção da abertura das escolas municipais e pelo pagamento do 13º salário.
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Os manifestantes seguraram cartazes com os dizeres “escolas fechadas” e “vidas preservadas”. O protesto respeitou os protocolos de distanciamento social e, para evitar aglomeração, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), selecionou seis diretores para participarem presencialmente do ato segurando as faixas.
O Sepe-RJ está em greve desde o dia 30 de julho, contra a volta às aulas presenciais, devido a pandemia da covid-19. O sindicato entende que não há condições sanitárias para o retorno das aulas presenciais.
Problemas como falta de água, acesso restrito às despensa – que não dispõem de porta para a rua, obrigando o trânsito de funcionários de outras empresas dentro do refeitório -, falta de ventilação nas salas, número limitado de banheiros, além da quantidade de alunos por turma, são apontados como desafios para o cumprimento dos protocolos sanitários em unidades da rede municipal.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que as aulas presenciais foram suspensas desde o último dia 7, por recomendação do Ministério Público e do Comitê Científico da Prefeitura.
“Cabe ressaltar que as aulas presenciais haviam retornado, de forma voluntária, apenas para alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, PEJA 2 (Programa de Ensino de Jovens e Adultos) e Carioca 2 (projeto de correção de fluxos). As escolas estão abertas para atendimento administrativo. Apenas diretores e funcionários que não têm comorbidades estão indo às escolas neste momento para o trabalho de manutenção e conservação do espaço e, ainda assim, seguindo as regras de ouro”, disse a SME.
Edição: Jaqueline Deister