Foi lançado hoje (5) pela prefeitura do Rio de Janeiro o programa Favela com Dignidade, que tem o objetivo de levar os serviços do Poder Público para as populações menos favorecidas. O programa será dividido em três focos de ação.
O primeiro deles, Turistando com a Comunidade, visa promover o direito à cidade, o combate ao estigma e à segregação dos moradores de favelas cariocas. O Casa Carioca tem como finalidade melhorar as unidades habitacionais que ofereçam riscos à saúde dos moradores. A terceira ação, Recicla Comunidade, pretende reforçar a renda da população através da cadeia produtiva da reciclagem de resíduos sólidos urbanos.
De acordo com a secretária Especial de Ação Comunitária, Marli Peçanha, o órgão já tem atuado em conjunto com as outras secretarias para atender as favelas e comunidades.
“O programa Favela com Dignidade surge como uma tecnologia social que visa amplificar a voz e a vez da favela no encaminhamento e na eleição de suas principais demandas. O objetivo é priorizar a favela como espaço para o desenvolvimento da política pública, em articulação com as demais secretarias, visando garantir e facilitar o acesso da população aos serviços prestados pela prefeitura.”
Na cerimônia de lançamento, o prefeito Eduardo Paes explicou que a Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac) não é a “secretaria das favelas”, mas que tem a função de trabalhar transversalmente dentro do governo para melhorar a vida dos moradores das comunidades mais carentes levando as ações de todos os órgãos.
“O papel principal da Seac é lembrar o governo permanentemente da existência, dar visibilidade, jogar luz sobre as favelas da cidade. A gente não pode imaginar que a Seac é a secretaria das favelas. Todas as secretarias têm a obrigação de ser secretarias também das favelas. A função principal da Marli é lembrar todos os órgãos que os serviços prestados no asfalto devem ser prestados com a mesma qualidade nas favelas e em alguns casos até com mais intensidade”.
Segundo Marli Peçanha, o programa vai trabalhar a partir da escuta de lideranças locais, fortalecendo a interlocução da favela com o Poder Público, a participação social e o engajamento da população.