O estado do Rio de Janeiro vai adotar, a partir desta terça-feira, um programa de prevenção ao suicídio voltado para policiais civis, agentes penitenciário e servidores que trabalham com adolescentes que cumprem medidas socioeducativas.
A ideia é que, no futuro, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também passem a integrar o projeto. Dados do IPPES, o Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio, com base no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostram que 101 policiais civis e militares brasileiros cometeram suicídio em 2021. No estado do Rio, foram 15 casos.
O programa Segurança Q Previne vai ser coordenado pelo próprio Ippes, em parceria com o governo do estado e o Ministério Público do Trabalho. De acordo com a presidente do instituto, Dayse Miranda, a primeira etapa do programa é um diagnóstico da situação nos órgãos participantes. Em seguida, será feito um trabalho de conscientização com gestores, profissionais de saúde mental que trabalham nesses locais e os próprios agentes.
A presidente do IPPES explica que algumas condições inerentes ao trabalho com segurança pública podem aumentar o risco de adoecimento mental e suicídio
De acordo com Dayse Miranda, há outras questões agravantes como as escalas de trabalho que comprometem o descanso, a falta de assistência adequada após situações de trauma, como a morte de um colega, e o acesso mais fácil a armas de fogo. Ela acrescenta ainda que um profissional em sofrimento mental coloca em risco não apenas à sua vida, como também a de todos à sua volta, inclusive a população civil. O projeto será tem previsão de durar dois anos