O Rio de Janeiro é o segundo estado do país e o segundo representante da Região Sudeste que mais criou novos postos formais de trabalho em agosto, tendo gerado 30.838 empregos.
Os dados foram divulgados na quinta-feira (29.09) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Segundo o Novo Caged, agosto foi marcado pela geração de 278.639 novos postos formais de trabalho no país. Destes, 137.759 novos empregos foram abertos na Região Sudeste.
Com as mais de 30 mil vagas abertas em agosto, o Rio de Janeiro chegou a mais de 3,3 milhões de postos no estoque de vagas formais no estado. O setor de serviços, com 21.527 vagas, foi o responsável pela maior abertura de novos postos no estado.
Em números absolutos, a Região Sudeste foi a que mais gerou empregos em agosto. A Região Nordeste aparece em segundo lugar, com 66.009 postos, e, na sequência, estão o Sul (35.032), o Centro-Oeste (21.515) e a Região Norte (18.171).
Vale ressaltar que, do ponto de vista regional, o grande destaque de agosto foi a Região Nordeste, que apresentou um crescimento de quase um por cento (0,96%) da força de trabalho, o maior crescimento relativo entre as cinco regiões brasileiras.
Entre os estados, São Paulo lidera lista, tendo registrado 74.973 novos empregos. Na sequência, seis estados fecharam o mês de agosto tendo criado mais de dez mil novos empregos, dois na Região Sudeste, dois no Nordeste e dois no Sul: Rio de Janeiro (30.838), Minas Gerais (27.381), Bahia (17.416), Pernambuco (15.119), Paraná (15.118) e Santa Catarina (10.223).
Recorde absoluto
Com a geração dos mais de 278 mil novos postos, o país superou a marca de 42,5 milhões de empregos formais, o maior número já registrado no Novo Caged. Apenas entre janeiro e agosto deste ano, o saldo de empregos gerados alcança a marca de 1.853.298. Se forem considerados os últimos 12 meses, o total de novos postos formais abertos chega a 2.455.662.
Os dados de agosto demonstram, ainda, que somente no intervalo de julho de 2020 a agosto de 2022 — considerado o período de retomada do emprego formal — o país registrou um saldo positivo de 5.836.476 postos de trabalho.
O Caged serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho e, desta forma, subsidia a tomada de decisões para ações governamentais
Setores da economia
O Novo Caged de agosto mostra, ainda, que a geração de empregos no país se deu em todos os cinco setores monitorados. O setor de Serviços liderou mais uma vez, tendo criado 141.113 postos, um crescimento de mais de 59 mil novos empregos em comparação aos dados de julho. Na sequência, aparecem os setores da Indústria (52.760 postos), Comércio (41.886), Construção Civil (35.156) e Agropecuária (7.724).
Considerando todos os oito primeiros meses deste ano, o setor da Construção Civil tem o desempenho mais destacado, com um crescimento de mais de dez por cento (10,8%) no estoque de empregos formais. Todos os demais setores têm saldo positivo no acumulado do ano, com os serviços chegando a 1.027.288 vagas geradas em 2022 e a indústria tendo aberto 319.379 novas vagas.
É importante ressaltar que pelo terceiro mês seguido o salário médio real de admissão apresentou crescimento, fruto do aquecimento do mercado de trabalho e do sucesso das políticas de controle da inflação.