RJ: Movimentos populares protestam pela inclusão de famílias de baixa renda no “Reviver Centro”

Diário Carioca

Movimentos populares que atuam em defesa do direito à moradia realizaram na manhã desta sexta-feira (16) um ato em frente a sede da Prefeitura do Rio de Janeiro. A ação faz parte de uma jornada de lutas que reivindica, além de agilidade na vacinação, a permanência das ocupações no centro da cidade, a reforma de prédios para moradia e a aplicação de recursos para construção de habitações populares.

De acordo com Jurema Constâncio, coordenadora da União Nacional Por Moradia Popular (UNMP), uma das sete organizações que compõe a jornada, a principal intenção é cobrar do município a inclusão das famílias que estão em situação de vulnerabilidade social no Reviver Centro, programa que pretende revitalizar a região central da capital fluminense e mira converter imóveis ociosos em unidades residenciais.

“Estamos compreendendo que o Reviver Centro não vai atender com moradia famílias de baixa renda, que continuam excluídas. Temos o exemplo do que aconteceu com o ‘Minha Casa, Minha Vida’, que teve os empreendimentos construídos para fazer remoção de favela e não cumpriu a função social que era atender às famílias de baixa renda”, destaca Jurema.

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A Jornada de Lutas pela Moradia é organizada na capital do Rio pelo Movimento Nacional de Luta por Moradia (MLM), Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), União Nacional por Moradia Popular, Brigadas Populares, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM).

O Brasil de Fato procurou a Prefeitura do Rio por meio da Secretaria Municipal de Habitação para informações sobre a repercussão do protesto. A assessoria informou que representantes de movimentos pelo direito à moradia, que estavam em frente ao prédio da Prefeitura nesta sexta-feira (16), foram prontamente recebidos pelo vice-prefeito e secretário municipal de Habitação, Nilton Caldeira.

Segundo a nota, o primeiro encontro, que não foi previamente agendado, serviu para o secretário conhecer o grupo e ouvir as reivindicações de forma geral. Segundo a assessoria, novas reuniões serão agendadas para que os temas sejam apresentados com mais detalhes e, posteriormente, sejam avaliados pelo corpo técnico da pasta.

Edição: Mariana Pitasse


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