Silêncio de Cláudio Castro e Eduardo Paes após operação no caso Marielle chama atenção

Diário Carioca
Cláudio Castro (PL) em comício ladeado pelos irmãos Brazão: o então candidato a governador disse que se tratavam de “representantes legítimos” do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/Rede social

Passadas mais de 24 horas desde a operação que resultou na prisão dos acusados de serem os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PSD), ainda não se manifestaram publicamente sobre o desfecho do caso.

Adversários políticos, Castro e Paes também parecem alinhados em suas contas nas redes sociais, sem publicações sobre o assunto até o momento. O silêncio dos líderes pode estar ligado à proximidade com os envolvidos na operação, como o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Domingos Brazão, ambos presos no domingo juntamente com o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa.

O que você precisa saber:

  • Cláudio Castro dividiu palanque com membros do clã Brazão durante sua campanha ao governo do Rio em 2022, elogiando publicamente os irmãos Brazão.
  • Chiquinho Brazão, então candidato a deputado federal, foi apoiado por Castro, que o chamou de “representante legítimo” do estado.
  • Eduardo Paes nomeou Chiquinho Brazão como secretário em sua gestão, mesmo com investigações envolvendo a família Brazão nos assassinatos de Marielle e Anderson.
  • A viúva de Marielle, Mônica Benício, criticou publicamente a nomeação de Chiquinho Brazão por Paes, questionando suas motivações políticas.
  • Domingos Brazão é apontado como líder de um clã político com conexões com milícias cariocas há quase duas décadas, segundo relatórios da CPI das Milícias.
  • A PF destaca ameaças feitas por Domingos Brazão a adversários políticos e investiga suas relações com crimes e corrupção.
  • A 1ª Turma do STF manteve as prisões dos suspeitos de serem os mandantes dos assassinatos de Marielle e Anderson, incluindo os irmãos Brazão.
Domingos Brazão e Eduardo Paes. Foto: Reprodução
Domingos Brazão e Eduardo Paes. Foto: Reprodução

O desenrolar deste caso continua a revelar conexões políticas obscuras e levanta questões sobre o envolvimento de autoridades em atividades criminosas, impactando diretamente a política do Rio de Janeiro e o cenário nacional.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca