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segunda-feira, novembro 25, 2024

Vereadores do Rio querem evitar “remédio amargo” de Paes contra servidores municipais

Rio de JaneiroVereadores do Rio querem evitar "remédio amargo" de Paes contra servidores municipais

No projeto de lei complementar que cria um novo regime fiscal para o Rio e que foi apresentado na Câmara de Vereadores, o prefeito Eduardo Paes (PSD) incluiu medidas que prejudicam os servidores públicos do município. Por isso, vereadores já garantiram que vão apresentar emendas contra o PLC 04/2021.

Segundo o vereador Reimont (PT), um dos principais problemas é a Prefeitura do Rio tentar equilibrar as contas congelando os salários e os triênios do funcionalismo. “Ele [Paes] faz isso como se esses trabalhadores já não estivessem há três anos sem reajuste, em um período de crise e inflação altíssima. Isso é inadmissível”.

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Em reunião na última terça-feira (31) com os vereadores, a presidente da Associação de Fiscais de Atividades Econômicas do Município do Rio de Janeiro (Afaerj), Dalila Brito, declarou que o projeto impõe medidas restritivas de direitos dos servidores. Ela pediu a ajuda do Legislativo municipal para barrar os pontos do PLC.

Para o vereador Tarcísio Motta (Psol), a mudança foi um avanço importante, mas outras medidas que ainda estão no projeto, como a suspensão de concursos públicos para novas vagas, ainda precisam ser revistas.

“Esses dois incisos que saíram eram os mais graves, mas há outros. Por exemplo, se a prefeitura decidir fazer um novo concurso público porque vai expandir a quantidade de escolas na cidade, não poderá fazer”, criticou o vereador do  Psol.

Presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, a vereadora Rosa Fernandes (PSC) relembrou o histórico complicado das contas do município e diz que a realidade atual é outra. Portanto, esse não seria o momento de tomar um “remédio amargo”.

“Não foi fácil colocar as contas em dia. Nós começamos o ano com uma série de dificuldades. Querendo ou não, dando sorte ou não, sendo competente ou não, hoje existe uma saúde financeira favorável para a cidade. Não há motivo para sacrificar os servidores”, apontou. 

A proposta

O PLC 04/2021 estabelece metas e ações a serem adotadas de acordo com a situação financeira do município dentro da chamada Capacidade de Pagamento (Capag), uma classificação feita pelo governo federal com base em critérios como endividamento, poupança e liquidez da gestão municipal.

Esse conceito pode variar de D até A, nota que é usada para classificar, por exemplo, financiamentos que a União concede aos municípios. O município do Rio, que já teve a classificação B, atualmente se encontra na categoria C. 

A proposta prevê diferentes medidas a serem adotadas de acordo com o nível em que se encontrarem as contas da cidade. Na categoria atual, devem ser reduzidos em 50% os encargos especiais, e as despesas ficam limitadas a 97,5% do total da Receita. A quantidade e intensidade das medidas seria ampliada caso o município passasse para a categoria D, por exemplo.

Edição: Eduardo Miranda


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