A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) perigosa, com risco de morte, se não tratada adequadamente. Geralmente, é transmitida por uma pessoa infectada durante a relação sexual, também pode ser propagada em contato direto com o sangue contaminado ou verticalmente, ou seja, de mãe para o feto. Quando não tratada pode evoluir e comprometer o sistema nervoso, cardíaco, respiratório, gastrointestinal e levar à morte.
No Brasil, a doença é um desafio para a saúde pública por conta crescimento no número de casos, que, segundo o Ministério da Saúde, aumentou em 24% entre 2018 e 2019 – no início de 2020 foram registrados 18 casos por hora. O aumento progressivo da doença é alarmante, sendo necessário cada vez mais campanhas de incentivo para a utilização do preservativo, forma mais eficaz de prevenção para essa e outras infecções sexualmente transmissíveis.
Sintomas
A sífilis se manifesta em 4 fases que apresentam sintomas distintos sendo que nos dois primeiros estágios os sintomas são mais evidentes e o risco de transmissão é maior, enquanto no último estágio a doença se torna mais agressiva acompanhada de complicações, confira:
– Sífilis primária: aparecimento de uma ferida, entre 10 a 90 dias, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele) que pode desaparecer espontaneamente;
– Sífilis secundária: os sintomas aparecem entre seis semanas a seis meses depois da ferida inicial. Geralmente se nota manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Febre, dor de cabeça e mal-estar também são sintomas que podem aparecer e regredirem espontaneamente, contudo a doença permanece ativa no organismo;
– Sífilis latente: fase assintomática da enfermidade, não aparecem sinais ou sintomas da infecção. A bactéria fica latente no organismo;
– Sífilis terciária: pode surgir entre 2 a 40 anos do início da infecção, com lesões cutâneas e ósseas, além do comprometimento do sistema nervoso central, do sistema cardiovascular e pode levar à morte.
Sífilis congênita
A sífilis é especialmente perigosa se a pessoa infectada for uma gestante. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 havia mais de meio milhão de casos de sífilis congênita no mundo. A doença é transmitida verticalmente, da mãe infectada para feto, com alta taxa de mortalidade, aborto espontâneo, natimorto, baixo peso ao nascer, prematuridade, sequelas neurológicas e óbito neonatal.
A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação, contudo, quanto mais recente for a infecção na gestante, mais gravemente o feto poderá ser atingido. Portanto, é fundamental realizar o diagnóstico precocemente para iniciar o tratamento que garantirá a saúde da mãe e da criança.
É possível realizar o diagnóstico por meio de exame de sangue ou material retirado das lesões. O tratamento é feito com exames laboratoriais que identificaram a evolução da doença e antibióticos que devem ser prescritos e acompanhados por um médico.
A maneira mais segura de prevenção é a utilização da camisinha durante as relações sexuais. Coloque sua saúde em primeiro lugar!
Sobre o Trasmontano Saúde
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