Covid-19: como ficam sessões de crianças com psicólogos na pandemia

Diário Carioca

Com a pandemia do novo coronavírus, muitos pais têm dúvidas sobre como proceder com as sessões das crianças com psicólogos.

A sessão online, inclusive para crianças, não é uma novidade na psicologia. Segundo a presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Ana Sandra Fernandes, elas são realizadas desde 2018, por profissionais cadastrados na plataforma e-Psi.

“No caso de crianças maiores, elas já nasceram em uma geração muito tecnológica. São crianças que fazem uso dessas tecnologias e ferramentas com facilidade. A mãe ou o pai conecta a criança e já deixa aos cuidados do profissional que vai adaptar suas técnicas e ferramentas para utilização online, inclusive fazendo uso de recursos ludoterápicos. Temos muitos recursos desse tipo disponíveis que o profissional de psicologia pode lançar mão nesse momento”, disse Ana Sandra à Agência Brasil.

Quando o atendimento envolve crianças menores de 5 anos de idade, a presidente do Conselho Federal de Psicologia reconhece que o profissional precisa fazer uma adaptação maior em suas ferramentas para que, excepcionalmente nesse período, seja feito na presença dos pais.

“Um fator importante nesses casos é sempre considerar a questão do tempo. Crianças pequenas têm mais dificuldade de passar longos períodos fazendo uma atividade. Aí, o psicólogo precisa considerar essas questões para fazer o processo de adaptação. Para esse público, o ideal é uma adaptação para um atendimento na presença da família, considerando aspectos éticos de sigilo profissional”, explicou a psicóloga.

Atendimento presencial

Ana Sandra ressaltou que o atendimento presencial de crianças por psicólogos não está proibido. Ela alertou, porém, que, como não existe orientação única para o território nacional, em razão das diferenças estaduais e da forma como a pandemia avança, o Conselho Federal de Psicologia orienta os profissionais a seguir as determinações das autoridades municipais e estaduais da região onde trabalham. O CFP recomenda também observar o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“No geral, se for necessário atendimento presencial, precisam ser observadas todas as normas de segurança, de distanciamento, higienização de ambiente e materiais e de ventilação do consultório. Não há proibição de que esse atendimento ocorra, mas há uma recomendação de que o profissional avalie se não estará expondo o paciente ou expondo sua própria vida nesse atendimento”, afirmou Ana Sandra.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca