De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nenhum país no mundo tem mais pessoas sofrendo com ansiedade do que o Brasil, com quase 19 milhões de brasileiros com algum transtorno ansioso.
Mariete Duarte, psicóloga da Clínica Maia, comenta que a ansiedade passa a ser um problema quando ocorre em excesso. “A partir do momento que ela começa a atrapalhar o dia a dia, gerando sentimentos ruins constantes, como medo intenso, angústia, preocupação excessiva sem motivo, qualidade de sono ruim, ou dificuldade para se relacionar com outras pessoas, é hora de buscar a ajuda profissional”, alerta.
A especialista explica ainda que muitos transtornos psicológicos possuem sintomas idênticos, sendo, portanto, essencial buscar o suporte de um profissional da saúde mental para fazer o correto diagnóstico e orientar sobre o melhor tratamento. “O quadro ansioso pode ser confundido, por exemplo, com depressão, síndrome do pânico, entre outros transtornos. É importante estar atento”, detalha.
O diagnóstico correto é feito após uma consulta minuciosa. “Nós avaliamos o perfil e o histórico de cada paciente, desta forma, conseguimos indicar o caminho mais eficaz, que, quando conduzido pelo psicólogo, envolve principalmente apoio e ajuda ao lidar e superar determinadas questões”, diz.
Caso seja necessário o uso de medicamentos, o paciente é encaminhado ao psiquiatra. “Se o psicólogo observar que é também preciso auxílio psiquiátrico, é feito o encaminhamento ao médico para prescrição de medicações específicas que vão complementar o tratamento do transtorno”, explica a psicóloga.
Mariete também destaca a mudança de hábitos, que é fundamental neste contexto! “No começo pode ser difícil, mas é preciso abandonar alguns costumes para se adaptar a um novo processo e, assim, controlar a ansiedade”, ressalta.
Para a especialista, praticar atividade física, manter uma dieta balanceada, dormir e acordar em horários adequados são ações que ajudam a manter a saúde mental em dia.
“A dica é viver um dia de cada vez, sobretudo adotando mudanças pequenas e progressivas no cotidiano, por exemplo, manter um horário fixo para dormir, começar a consumir no almoço alimentos mais saudáveis, e assim ir dando prosseguimento a essa transformação pouco a pouco. O importante é não desanimar”, conclui a psicóloga
