O incômodo das praias: o que fazer ao sofrer queimaduras por águas vivas

Diário Carioca
Água viva (Freepik)

A presença de veranistas no litoral nesta época do ano vem sempre acompanhada de um banho de mar. E é justamente quando a água está com temperaturas mais mornas, que elas aparecem com mais intensidade: as águas vivas.

Em contato com a pele, o animal libera substâncias que provocam queimaduras. Se isso ocorrer, a dica é usar o já conhecido vinagre. A dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Cintia Cristina Pessin, explica que as compressas de vinagre ou água do mar gelada ajudam a inativar os nematocistos (pequenos tentáculos que contêm células urticantes) das águas vivas.

“Compressas ou packs de água do mar gelada ou vinagre têm efeito analgésico nesses casos e devem ser aplicadas na área lesada imediatamente, ainda na praia, como rotina de primeiros socorros”, explica.

Praia
(Freepik)
Praia (Freepik)

A recomendação é usar a água do próprio mar sempre para aliviar a ardência e não a água doce eventualmente trazida de casa.

“A água doce ativa os nematocistos (mecanismos de defesa das águas vivas) em contato com a pele por osmose, piorando a dor e a queimadura, por isso nunca deve ser utilizada. Outras medidas como aplicação de álcool, urina ou refrigerante tipo cola nas áreas lesionadas também devem ser evitadas”, acrescenta.

A médica acrescenta ainda que analgésicos podem ser utilizados para alívio da dor que ainda persiste após as medidas de tratamento locais. Dor intensa ou persistente é um sinal de alerta para buscar atendimento médico de urgência.

Em crianças há algum procedimento diferente do que é indicado para os adultos?

As crianças têm a pele mais sensível e delicada do que os adultos, além de uma área de superfície corporal proporcionalmente maior, o que predispõe à maior gravidade das lesões de pele causadas por animais aquáticos como águas vivas e caravelas. Sendo assim, se a área lesada for extensa ou houver formação de bolhas, presença de dor intensa persistente ou falta de ar, é necessário procurar atendimento médico imediatamente

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca